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Trabalho em equipe que salva vidas

O processo de doação e transplante de órgãos requer muito amor e empatia por parte dos diferentes profissionais de saúde numa corrida que busca um só objetivo: salvar vidas. Trata-se de um processo complexo, que passa por importantes etapas até renovar a vida de quem tanto precisa de uma doação. No Hospital Beatriz Ramos, são realizadas todas as etapas, desde o acolhimento familiar, atendimento ao paciente grave, notificações e diagnóstico de morte encefálica e, quando autorizada pela família do paciente com morte encefálica, a captação de órgãos destinados à doação dentro da própria instituição do HBR.

 

Cada etapa é conduzida voluntariamente por uma equipe de profissionais do HBR e coordenada pela Central de Transplantes do Estado de Santa Catarina localizada em Florianópolis. Iniciada em 2020, a equipe é composta por seis profissionais, são eles: Responsável Técnico da UTI do HBR, Dr. Rodrigo Longuinho, Diretora de Processos e Fluxos e Responsável Técnica de Enfermagem Juliana Carina Marqueti, Coordenadora da Maternidade do HBR, Pâmela Rudiger Forst, Coordenadora do Pronto-Socorro do HBR, Ana Cristina, Dr. Leonardo Ferreira, e pela Coordenadora de Enfermagem UTI, Daniela Tonoli. Desde seu início, foram realizados 14 notificações de morte encefálica e 7 captações com posterior doações de órgãos. (Dados disponíveis em: https://sctransplantes.saude.sc.gov.br/index.php/estatisticas)

 

O processo de captação é feito em pacientes que apresentem o quadro de morte encefálica (ME). Inicialmente, há a suspeita de morte encefálica, neste momento é aplicado o protocolo para determinação de ME, seguindo a Resolução CFM nº 2.173/2017, a qual determina que devem ser iniciados em todos os pacientes nos quais haja suspeita de ME, que é definida pela constatação de coma não perceptivo, ausência de reatividade supraespinhal e apneia (parada respiratória) persistente.

 

Diante da suspeita de ME, é iniciado um processo de três testes para confirmar a morte encefálica. Inicialmente, são feitos dois testes clínicos, cada um deles realizado por um médico diferente e devidamente capacitado para determinação da ME. Nestes testes, observa-se se há coma profundo não-perceptível e ausência de reflexos dos tronco cerebral, além de um teste de apneia. Após estes 2 testes, é realizado o 3⁰ e último teste, que avalia a presença ou ausência de circulação cerebral. Trata-se de um exame complementar, que pode ser um doppler transcraniano (ultrassonografia dos vasos cerebrais), eletroencefalograma, cintilografia cerebral ou arteriografia digital cerebral.

 

Para confirmação de morte encefálica, os três testes devem apresentar resultados concordantes. Enquanto todo o processo se desenvolve, o paciente é mantido na UTI sob cuidados especiais para garantir a saúde dos demais órgãos caso seja optado pela doação de órgãos.

 

Confirmado o diagnóstico de ME, a equipe do HBR informa a Central Estadual de Transplantes (CET) e realiza uma entrevista com a família, a qual envolve o acolhimento familiar, a comunicação do óbito e oferta da possibilidade de doação de órgãos ao ente falecido, caso não haja contraindicação.

 

Havendo autorização por parte da família, inicia-se o processo de preparo do paciente para a captação de órgãos, na qual a equipe cirúrgica da Central de Transplantes de Santa Catarina realiza todos os procedimentos necessários dentro do centro cirúrgico do HBR.

 

“Este trabalho de notificação e captação de órgãos realizados no HBR, são feitos com muito profissionalismo e respeito ao paciente e seus familiares, por uma equipe capacitada e preparada. O segredo para a excelência é o trabalho e sincronia em equipe, e isso faz parte da essência dessa equipe”, destaca o responsável técnico pela UTI do HBR, Dr. Rodrigo Longuinho.

Assessoria de Comunicação

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